Você já pensou em polinizar a sua Engenharia de Plataforma ?
- Erik Aceiro Antonio
- 14 de abr.
- 2 min de leitura
Introdução
É exatamente isso polinizar. Assim como as abelhas fazem.
Esse parece uma conversa de vegetariano defensor da natureza. Mas calma, o assunto aqui é bem mais caótico, porque envolve a dinâmica do comportamento humano.
Recentemente a Engenharia de Plataforma e Carga Cognitiva tem ganhado muita força como uma abordagem que pode suportar e apoiar a evolução de Arquiteturas e Sistemas de forma evolutiva.
Muitas referências tem sido publicadas sobre o tema, em especial, recentemente Engenharia de Plataforma para Líderes de Camille Fournier e Ian Nowland.
Contudo é aqui que a maioria das empresas e equipes se perdem – tentando resolver problemas e dinâmicas organizacionais com stack de tecnologia ou com ferramentas de documentação.
Problemática
Sabe aquelas frases que a gente escuta em fóruns e em chapters:
“A carga cognitiva tá alta, por isso não conseguimos entregar a feature para a próxima sprint”
“Esse domínio já tem complexidade demais. Imagina agora com LLMs…”
E aí vem aquela frustração
“…será que a gente tá usando essas palavras como escudo ou muleta ?”
Essa tira o nosso sono, nos preocupa sobre os pontos de contato da arquitetura que podem se evoluir.
Como um arquiteto cientista, não me contento com o superficial. Fui buscar respostas para minhas dúvidas.
Em uma Masterclass com o Manuel Pais sobre Liderança, aprendi que:
A Engenharia de Plataforma deve funcionar como um modelo de polinização cruzada.
Plataformas como redes vivas. Que conectam. Que espalham. Que reduzem o atrito entre saberes. Como abelhas mesmo — que não constroem a flor, mas viabilizam o ecossistema.
O conceito de Computação Bio-inspirada não é novidade na Computação. Tem sido amplamente usado em Inteligência Artificial, Redes Neurais, e áreas que conectam a Computação com Ciências Cognitivas.
Se sua equipe de plataforma ainda opera como um Centro de Excelência (CoE), centralizando, top-down, e com isolamento. Esse é um indício, em outras palavras cheira mau.
Em uma recente palestra reforcei essa ideia de Cross-Pollination como Plataformas Internas (Desbloqueando Fluxos de Valor com Plataformas e Team Topologies).

Lições Aprendidas
Talvez o problema não seja a "carga cognitiva”, mas como está sendo a descoberta cruzada entre os fluxos de negócios e entregas de valor.
Lição 1 – Questione pelo menos três vezes. Depois, vá atrás de referências e não tô falando da ABNT”
Lição 2 – “Nomes bonitos não movem ponteiros” Conceitos bem aplicados sim.
Engenharia de Plataforma, Carga Cognitiva, Plataforma Interna, Platform as a Code. Bonito no slide! Mas na prática um Master Cheef do Caos.
No dia a dia dos times e da dinâmica organizacional, se os termos e conceitos não se encaixam e dificultam a reduzir fricção, questione, revise e principalmente mude. Fique atendo com um modelo de arquitetura over-engineering.
Arquitetura de Software, não é sobre terminologia. É sobre desbloquear o fluxo de valor com o mínimo de esforço; ao mesmo tempo que libera o máximo de potêncial e de geração real de valor. Isso é Arquitetura de Valor.
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